Depois de muito tempo saímos pra pedalar sem compromisso no domingo, sem ser pra treinar, pra competir, pra organizar passeio ou corrida, e como em todo pedal aconteceu de tudo. Já na saída de Itapecerica chega o Aloísio de carro perguntando se alguém tinha um pneu sobrando; ele trouxe a bike com o pneu da frente slick 1.25. Como ninguém tinha mesmo um estepe o jeito foi ir assim mesmo. Já em estrada de terra a primeira parada. Por quê? Pneu furado. Quem? Aloísio. e não foi o slick que furou, mas o pneu traseiro de cravos. Até aí tudo bem, mas depois de alguns quilômetros, outro pneu furado, dessa vez não foi o Aloísio, esse foi o segundo, mais pra frente outro, e outro, e depois o mesmo, e outro... Ao todo foram nove, eu disse nove furos, quase um furo por cabeça já que éramos em dez, porém nem todos furaram, sendo que o Pastor, que também estava com slick na frente, foi o que mais furou sendo cinco paradas pra trocar a câmara ou remendar as furadas, já que as câmaras reservas não foram suficientes. Até o Mané que reclamava a cada parada pra conserto acabou furando também. Fora esses detalhes, alguns tombos, uma queimada de cipó no pescoço e a bike toda suja de lama. Depois de parar pra consertar o penúltimo furo um pessoal tinha que voltar cedo e foi embora direto, e os que sobraram ainda desceram a trilha da cachoeirinha pra não perder a viagem. Literalmente a galera furou nesse rolê. Com certeza um recorde de furos per capta. Mas que graça teria sair pra pedalar se não fossem as paradas pra trocar câmara e contar piadas e histórias? Nem só de treinar vive o ciclista ou mountain biker, é preciso curtir um pouco também. Quem não veio perdeu o rolê, mas também não furou pneu. Em breve marcaremos outro pedal sem hora pra voltar, detalhe esse muito importante.
Fotos: André